O deputado afirmou que o agronegócio precisa se comunicar melhor e mostrar ao mundo suas boas práticas, como preservação ambiental, manejo sustentável e uso de tecnologia de ponta.
“Muitas pessoas desconhecem que cerca de 60% da vegetação nativa brasileira é primária, preservada em grande parte em reservas privadas. São áreas protegidas por lei, sem uso produtivo, mas o custo financeiro recai sobre o proprietário.”
Salles destacou que, durante governos de esquerda, o Brasil assumiu compromissos internacionais que pressionaram o agronegócio, como o Acordo de Paris (2015), no qual países ricos se comprometeram a compensar o Brasil pela preservação ambiental, mas esses pagamentos nunca foram realizados.
“Quando fui ministro no governo Bolsonaro, coloquei um freio nisso. Disse que não aceitaríamos novas obrigações sem receber o que nos era devido. Houve reação de países estrangeiros porque cobramos o que foi prometido.”
Durante a palestra, Salles criticou a impunidade de movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e a indefinição do Marco Temporal, que colocam em risco inúmeras áreas produtivas no país.
“São questões graves que não serão resolvidas tão cedo. Estávamos conseguindo avançar em muitas delas durante o governo Bolsonaro, mas houve retrocessos com o retorno da esquerda”, declarou.
Antônio Brólio, presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e coordenador da 16ª Parecis SuperAgro, destacou a importância da presença de Ricardo Salles. “Sua participação é fundamental para o debate público sobre temas que afetam nosso setor. A Parecis SuperAgro reforça seu papel como espaço de amplo debate político-econômico.”
A 16ª Parecis SuperAgro foi realizada pelo Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e contou com o patrocínio do Senar Mato Grosso, Aprosoja, Áster Máquinas, Sicredi, Grupo Moradda e com o apoio institucional da Câmara Municipal de Campo Novo do Parecis e da Prefeitura Municipal de Campo Novo do Parecis.
Fonte: ZF Press
